Ana Catarina Dias, 11º A |
No
passado dia 26 do mês de Janeiro, a turma do 11ºA de Humanidades fez uma visita
de Estudo ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, visto que íamos dar início
ao estudo dos transportes na disciplina de Geografia A.
O
ponto de encontro foi às 8:00 na Estação de Comboios de Paço de Arcos, daqui fomos
até ao Cais do Sodré, onde descemos até ao subsolo e apanhámos o metropolitano até à
estação da Alameda onde trocámos para a linha vermelha que nos levou até ao
aeroporto.
Às
10:00 estávamos no aeroporto, quando entretanto apareceu a nossa guia que
começou por nos apresentar alguns aspetos básicos do aeroporto, por exemplo que o
mesmo tem dois terminais, sendo que o terminal 2 serve, principalmente, para as
companhias low-cost. Depois passámos
pela zona de recolha de bagagem irregular, como é o caso das cadeiras de bebé,
ou até mesmo dos animais que viajam connosco.
Em
seguida, passámos pelo controlo de raio-X, onde tivemos de retirar todos os
objetos que possuíssem metais e vestimos uns coletes refletores para depois irmos
para o autocarro que nos fez a visita ao exterior do aeroporto.
Já
no exterior fomos até à falcoaria, que foi um sítio que eu não fazia ideia que
existia num aeroporto e achei um aspeto bastante interessante, foi pena que
estivesse a chover porque não pudemos ver nenhuma demonstração, contudo ficámos
a saber que os falcões voam apenas uma vez por dia, (e que por isso o aeroporto
tem cerca de 7/8 falcões), e que têm de receber uma recompensa por isso, por
vezes estes falcões voam apenas quando solicitado por um piloto que aviste um
bando de pássaros. Para os ajudar na tarefa de afastar bandos de pássaros havia
também duas cadelas labradoras que faziam com que os pássaros não pousassem no
solo.
Ainda
no mesmo sítio tivemos a oportunidade de ver com uma vista privilegiada vários
aviões a descolar e aterrar, e pudemos comprovar que o ritmo é constante, o
motorista explicou-nos ainda que só existe uma pista e que esta serve tanto
para as aterragens como para as descolagens. Foi-nos dito ainda, que os maiores
aviões precisam de ir até ao inicio da pista para descolarem, enquanto que os
mais pequenos podem descolar a partir do meio da pista. Vimos ainda um dos
maiores aviões que aterram no nosso aeroporto, vindo de Luanda, a descolar.
Explicaram-nos que nem todos os aviões podem
aterrar no nosso aeroporto, porque a pista torna-se demasiado pequena para
eles. Quanto aos desvios de voos para outros aeroportos, (como é o caso do de
Faro ou do Porto), devido ao estado do tempo, o motorista explicou-nos que
apesar do nosso aeroporto já estar preparado com equipamentos que permitem
aterragens com condições meteorológicas adversas nem todos os aviões têm esses
equipamentos, ou por vezes é o próprio piloto que assim o prefere e por isso têm
de procurar outros aeroportos.
Em
seguida, fomos até ao fim da pista e ficámos a saber que a pista tem quase 4
km, e que neste momento é impossível prolongá-la mais, visto que o aeroporto se
situa numa zona onde já não pode ser mais aumentado, daí que alguns aviões de
maiores dimensões tenham de procurar outros aeroportos.
Ficámos
a saber que existem uns carros amarelos e pretos- os follow me, que fazem a vistoria à pista e que se algum funcionário
do aeroporto encontrar algum objeto, do género de um clip ou de um gancho de cabelo é obrigado a remover esse objeto da
pista, visto que isso pode causar graves danos num avião. Ao avistarmos a torre
de controlo foi-nos explicado que as pessoas que lá trabalham têm turnos de no
máximo 4 horas e com pausas após 2 horas, já que é um trabalho que exige muita
responsabilidade e concentração. Vimos também a zona onde estão os jatos
privados( e ficámos a saber onde é que o jato que o Cristiano Ronaldo usa fica)
e os aviões de carga.
Em
seguida fomos até ao quartel dos bombeiros, onde vimos algum do equipamento que
usam e ficámos a saber que os carros usam água, espuma e pó para combaterem as
emergências. Devido a estarem em alerta meteorológico não pudemos ver nenhuma
demostração, mas ficámos a saber que eles têm apenas 2 minutos para chegar a
qualquer parte do aeroporto, e que para serem mais ágeis as calças deles são
“presas” às botas. Momentos antes de lá chegarmos eles tinham ido resolver uma
emergência com um avião da easy jet
que apresentava fumo.
Quando
regressávamos para o interior do aeroporto, ainda vimos como é que funcionava o
sistema de aquecimento dos aviões, que é feito através de dois grandes tubos
ligados à parte de baixo do avião. Vimos também como é que é feito o
abastecimento de combustível, que é feito através de um sistema de
abastecimento que ocupa o subsolo da pista e que à semelhança do sistema de
aquecimento, é feito através de um tubo e depois é armazenado na “barriga” e
nas asas do avião. Pouco depois, vimos um avião da Fly Emirates, que tinha acabado de aterrar há pouco tempo, a ser
preparado para o seu próximo voo, e vimos que este avião era abastecido com um
serviço de catering português, o que
acaba por ser bom para Portugal já que eles preferem usar os nossos produtos ao
invés dos de empresas estrangeiras. Pudemos ainda ver como é que é feito o
transporte das pessoas desde as portas de embarque até aos aviões e chegámos à
conclusão que este transporte é feito através de um autocarro no caso dos
aviões estarem muito longe e a pé caso estes estejam mais perto e que para as
pessoas entrarem no avião é usada uma manga.
Explicaram-
nos que todos os aviões têm uma matrícula e a bandeira do seu país, e vimos que
os aviões da TAP para além da matrícula e da bandeira, têm também nomes, por
exemplo: “Bartolomeu Dias”, “ Pedro Álvares Cabral”, “Amália Rodrigues”.
Quando
voltámos ao interior do aeroporto observámos as diversas portas de embarque,
vimos também as zonas onde as pessoas vão buscar as bagagens que vão no porão,
e por fim fomos até à célebre saída, por onde passam todas as pessoas e
famosos. Aqui pudemos ver diversas pessoas com cartazes à espera de familiares
e amigos. Ficámos ainda a saber que o aeroporto recebeu um prémio de
certificação ambiental. Concluída a visita recebemos ainda uma lembrança como recordação
do aeroporto e regressámos a casa através dos mesmos meios de transportes.
Na
minha opinião eu achei esta visita interessante, fiquei a saber de coisas de
que não fazia ideia, como foi o caso da falcoaria, do facto dos nossos aviões
terem nomes, da forma como se abastece um avião… A meu ver o nosso aeroporto é
bastante bom e tem um bom sistema de funcionamento, por exemplo ao nível do
controlo de segurança… Para além de tudo o que vimos gostava de ter visto o
processo das malas de porão, como é que elas são tratadas…De um modo geral os
transportes em Portugal estão bem desenvolvidos, e parecem-me ser eficazes e
bastante usados pelas pessoas.
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